O ACSM – American College of Sports Medicine (Colégio Americano de Medicina Esportiva), há muito tempo demonstra que a saúde está diretamente relacionada à capacidade aeróbia, à flexibilidade e à força dos indivíduos.
Desta forma, qualquer modalidade de exercício físico que seja capaz de melhorar ou recuperar estes parâmetros, são úteis ao ser humano e pode se considerado terapêutico. É sobre este pilar que é executada a modalidade de exercício comumente chamada de:
Mas, qualquer técnica de “ação muscular” que oferece resistência suficiente ao movimento, para a recuperação físico-funcional, manutenção ou aprimoramento atlético, pode ser entendida como musculação.
Termos comuns citados pelo ACSM são Strength Training (Treinamento de Força) e Resistive Training (Treinamento de Resistência), cujo segundo é na realidade é uma modalidade de treinamento de força.
Vários são os estudos que demonstram os benefícios dos “exercícios resistidos” no aprimoramento da composiçao corporal e no equilíbrio das relações hormonais/metabólicas humanas.
O Método STS (Strength Training Strategies) é uma técnica de treinamento de força, e seus fundamentos podem ser utilizados nos diversos campos de atuação das ciências que norteiam o movimento humano.
Sendo assim, podemos destacar destas ciências a Fisioterapia e a Educação Física como potenciais usuárias do método, pelo próprio fim que destina suas atuações profissionais.
A partir da década de 90, houve um aumento significativo de produções científicas que comprovassem os benefícios dos exercícios resistidos (glicolíticos) sobre as populações especiais, onde se enquadram os idosos, diabéticos, hipertensos e obesos. Já que a referência de exercício para esta população seria a aplicação de exercícios aeróbios (oxidativos), poucas eram as metodologias que direcionavam seus focos para o exercício resistido, ou musculação propriamente dita.
Aproveitando estes referenciais científicos, foi moldado o Método STS (Strength Training Strategies) de Musculação Terapêutica. Onde o STS é a abreviação da aplicação de “estratégias para a aplicação de treinamentos e tratamentos de força”, já que o termo “Strength Training” era, e ainda o é, encontrado em grande número de artigos científicos relativos ao exercício resistido.
O que este Método possui como fundamento e estratégia, é a aplicação de 05 (cinco) pilares neurofisiológicos, que foram discutidos ao longo de 10 anos (de 1989 a 1999) pela equipe de profissionais do Centro Brasileiro de Fisioterapia (CEBRAF), para que atingisse o formato atual. Os fundamentos são:
Execução de movimentos funcionais;
. Controle contínuo da freqüência cardíaca;
. Comando verbal;
. Estímulo óculo-motor;
. Estímulo pelo toque.
O Método STS pode ser aplicado de forma completa ou parcial. Exemplo de execução completa, é a atuação do profissional de educação física em aplicação de sessão de Personal Training, ou de um fisioterapeuta na aplicação da Cinesioterapia Contra-resistida.
O mesmo profissional da fisioterapia pode aplicar padrões de movimento sem caracterizar uma sessão com todos os fundamentos. Assim como um profissional de educação física pode aplicar muitos fundamentos do STS, em sua atividade profissional.
O que caracteriza principalmente o método é que o mesmo se vale da monitorização contínua da freqüência cardíaca enquanto o paciente/aluno realiza os padrões funcionais de exercício, não permitindo que a mesma fique abaixo ou acima da faixa de treinamento, ou tratamento
Pode ser aplicada em qualquer tipo de indivíduo, desde atletas até pessoas comprometidas clinicamente, como diabéticos, cardiopatas, obesos, Idosos e até em funcionários de empresas.
Os exercícios desta metodologia possuem caráter funcional de movimento, isto é, estes movimentos são próprios para a atividade do corpo humano, e ideais para a manutenção da força e flexibilidade normais.
Em atletas, possui o diferencial de permitir a melhora da performance por potencializar a qualidade da seleção das fibras musculares para o ato desportivo. Para tanto, estes exercícios são realizados em equipamentos especiais ou utilizando pesos livres, ou seja, halteres e caneleiras.
Para a prescrição de carga, leva-se em consideração a capacidade cardíaca de cada indivíduo, e a evolução dos exercícios são totalmente baseadas na freqüência cardíaca, personalizando o treinamento, diminuindo a margem de erros e acelerando o ganho de força e flexibilidade.
Desta forma, a monitorização contínua da freqüência cardíaca, e a execução de movimentos funcionais, caracterizam o método, em relação ao treinamento personalizado.
QUAL O OBJETIVO?
Permitir que o nível de condicionamento físico dos indivíduos submetidos a esta modalidade de treinamento, melhorem a sua Qualidade de Vida através:
• Da diminuição de seu percentual de gordura (emagrecimento),
• Do ganho de força muscular,
• Da melhora da flexibilidade,
• Da diminuição da dependência de medicamentos,
• E em caso de empresas, permita que os funcionários e colaboradores permaneçam em níveis físicos de normalidade, e conseqüentemente evite lesões osteomusculares relacionadas às atividades desempenhadas.
Para indivíduos que possuem perfil de atletas, ou são submetidos a treinamento físico específico, esta metodologia:
• Favorece o aumento do seu desempenho, por permitir que o movimento específico
do seu treinamento seja potencializado, induzindo ao aumento da performance.
COMO REALIZAR?
Avaliações:
1. Realiza-se uma avaliação funcional para determinação do nível de condicionamento físico/funcional, através da realização de Padrões com carga em peso livre.
2. Para ser submetido ao treinamento funcional, o atleta deve ter a sua capacidade cardiorrespiratória avaliada, em um teste ergoespirométrico, para parâmetros futuros de desempenho e melhora.
3. Para indivíduos não atletas, pode ser aplicada equação de predição deste teste.
Prescrições:
1. Uma vez percebendo que o nível de condicionamento físico/funcional encontra-se abaixo do normal, determina-se a qual o volume de carga (peso) que se poderá suportar dentro da sessão, para melhorar a coordenação, o equilíbrio, força e flexibilidade.
2. A sessão de Musculação Terapêutica pelo Método STS pode funcionar como uma aula de exercícios de grupo, quando aplicada nas empresas, academias ou em reabilitação cardiopulmonar. E sessões de Personal Training, ou Fisioterapia, quando o tratamento for individualizado. De qualquer forma, os praticantes utilizam somente pesos livres (halteres) e caneleiras de baixa carga, onde a mesma é determinada por parâmetros de sua freqüência cardíaca.
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