quarta-feira, 5 de novembro de 2014

OS EXERCÍCIOS FÍSICOS NA FIBROMIALGIA

Estes pacientes, caracteristicamente exibem diminuição da aptidão cardiorrespiratória. Há evidência de que a atividade física modula a dor em pacientes com FM.
A síndrome da fibromialgia (FM) se caracteriza por dor crônica generalizada, distúrbio do sono e fadiga. Estes pacientes, caracteristicamente exibem diminuição da aptidão cardiorrespiratória. Há evidência de que a atividade física modula a dor em pacientes com FM.


Antes de iniciar um programa de exercícios é importante fazer uma avaliação funcional e cardiovascular para identificar condições que possam interferir no desempenho e na resposta ao exercício ou oferecer risco como doença coronariana e hipotensão postural. As co-morbidades musculoesqueléticas podem limitar o treinamento e devem ser tratadas previamente.

Importante informar que embora deva ser praticado indefinidamente, o benefício ocorre apenas entre oito e dez semanas após o início do programa e continua aumentando até a vigésima semana, mas alguns indivíduos podem sentir-se pior e com mais dor, inicialmente. Assim como a prescrição de medicamentos deve conter dose, duração e intervalo, a prescrição do exercício deve detalhar orientações sobre a intensidade inicial do treino e como aumentar progressivamente a carga. Enquanto o benefício mais expressivo parece ser com exercícios aeróbios, o fortalecimento e o alongamento também têm efeitos terapêuticos.

Uma hipótese para explicar esta observação é que o treino aeróbio provoca mudanças neuroendócrinas necessárias para a melhora do humor (aumento de serotonina e norepinefrina) e o alongamento não. Assim como para outras doenças reumáticas, a hidroterapia é comumente prescrita na FM. Pacientes com FM parecem necessitar de um período maior e mais esforço pessoal para adaptação a um programa de exercício. Por isso, a progressão da carga deve ser mais lenta que o habitual. Estudos futuros são necessários para conhecer a resposta cronotrópica ao esforço em pacientes com FM com e sem disautonomia e saber se estas fórmulas podem ser validadas e aplicadas em pacientes com FM ou se há fórmula específica para esta população.



Fonte: Portal a tarde

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