Dos problemas que podem prejudicar os praticantes de exercícios, particularmente os corredores, existe um que requer maiores cuidados pela gravidade das suas consequências. Trata-se do problema das lesões de cartilagem articular, que se constituem em um verdadeiro “fantasma” tanto para os praticantes de exercício como também para os idosos.
Em função da importância do tema, solicitamos a colaboração da fisioterapeuta, doutora em Reabilitação pela UNIFESP, Gerseli Angeli na elaboração do texto abaixo:
Os dois principais problemas que acometem a saúde das cartilagens articulares são: aosteoartrite e a artrite reumatóide. A osteoartrite consiste em um problema puramente da cartilagem, sem nenhum componente autoimune. Os principais sintomas são dor, edema (inchaço), crepitação, deformação da cartilagem e, consequentemente, da articulação acometida. A artrite reumatoide consiste em uma doença autoimune que, dentre outros acometimentos sistêmicos, está acompanhada da inflamação das articulações, fadiga e dor muscular, e cuja progressão leva a deformação articular.
Devido ao quadro inflamatório presente em ambas as doenças, o tratamento consiste na administração de anti-inflamatórios não hormonais e analgésicos e na manutenção da mobilidade articular, a fim de prevenir e/ou diminuir a deformação. Apesar de esses tratamentos controlarem os sintomas decorrentes do processo inflamatório, eles não alteram o curso da doença, o que só é possível com a reconstrução da cartilagem.
Há algumas décadas, a administração oral desuplementos nutricionais a base de Glicosamina e Condroitina tem sido utilizada em grande escala, com o objetivo de se conseguir mesmo que uma tênue reconstrução cartilaginosa. Mais recentemente parece ter surgido uma nova alternativa com resultados animadores. O uso do colágeno ativado do tipo II, com uma quebra programada, apresenta evidências de favorecer a formação de um novo tecido cartilaginoso.
Até o momento, os resultados obtidos em estudos baseados em avaliação de imagem, como ressonância magnética, e os de percepção subjetiva de dor têm sido bastante satisfatórios. Este sucesso tem levado ao aumento do consumo deste nutriente por diversos pacientes acometidos por ambas as doenças, acenando com um prognóstico animador para um problema de tão difícil tratamento. | |
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