MITOS E VERDADES SOBRE A COLUNA LOMBAR
Ficar muitas horas sentado, em frente ao computador, pode desencadear o distúrbio.
VERDADE: Permanecer muito tempo na mesma posição, ainda que da forma adequada, pode trazer dor lombar. Por isso, osmédicos aconselham alternar períodos de trabalho sentado com pequenas caminhadas e alongamentos. Caso a pessoa sente de maneira incorreta, aí é problema na certa.
É possível tratar a dor, e resolver o problema, em poucos meses. MITO: o tratamento envolve diferentes áreas e mudanças de hábito, dependendo muito da ajuda do próprio paciente. Na conduta clínica, entra em cena uma somatória de terapias capazes de devolver o bem-estar ao indivíduo, porém este processo demanda tempo e requer a colaboração irrestrita de quem está sendo tratado. Para chegar ao melhor caminho, é preciso avaliar o histórico de cada pessoa e, a partir daí, indicar repouso, medicamentos, Fisioterapia, exercícios físicos, RPG (Reeducação Postural Global) e até cirurgia, se for o caso. Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser empregados, assim como cuidados cotidianos: evitar movimentos errados, não ficar acima do peso, manter uma postura correta ao sentar e deitar, levantar a cada duas horas em viagens de longa duração, fazer alongamentos ao longo do dia e, após uma rotina com atividades intensas ou quando se ficou muito tempo em pé, deitar com as pernas para cima, apoiadas em um travesseiro, para relaxar a coluna.
É possível prevenir a lombalgia com cuidados simples no dia a dia. VERDADE: a correção postural, por exemplo, é a primeira providência a ser tomada, especialmente a maneira como a pessoa senta na escola ou no trabalho. A prevenção da lombalgia de origem muscular e sobrecarga na coluna começa com controle de peso, condicionamento muscular e ajuste postural nas diversas atividades cotidianas. Várias outras atitudes ajudam: evitar carregar peso; não permanecer curvado por muito tempo; quando se abaixar, flexionar os joelhos sem dobrar a coluna; evitar colchão mole ou duro demais, principalmente se o indivíduo é muito magro; prestar atenção na postura em todas as situações, como ao dirigir automóvel, por exemplo; manter um bom alongamento muscular, especialmente das pernas; para quem trabalha em pé, tomar todo o cuidado com a coluna; e, quando fizer exercício com peso, proteger as costas deitando ou sentando com apoio. O público que fica muito tempo na mesma posição deve fazer intervalos para alongar a coluna e minimizar a pressão e o esforço na região lombar.
A cirurgia é sempre indicada.
MITO: em 85% das ocorrências, ela não é necessária. Na grande maioria dos casos, atitudes como perda de peso e atividade física regular, com fortalecimento da musculatura abdominal e alongamento dos membros inferiores, obtêm sucesso. Quando há uma doença na estrutura da coluna vertebral, afetando áreas como o disco intervertebral, as facetas articulares, o alinhamento das vértebras ou o diâmetro em que se localizam os nervos, opta-se pela cirurgia. É claro que sempre prefere-se tratar sem operação. Só é cogitada quando não há mais opções. Mesmo dores oriundas pela hérnia de disco, por exemplo, são resolvidas sem intervenção. Procedimentos cirúrgicos são exceção, indicados para quadros especiais - como escorregamento da vértebra, que é progressiva, e na falha dos métodos conservadores. É importante salientar que, se a conduta adequada não for feita, metade dos pacientes que sofrem um episódio de lombalgia terá pelo menos uma nova crise em menos de um ano.
Dor nas costas será sempre lombalgia.
MITO: fortes dores na área podem ser sintomas de distúrbios graves, como pedra nos rins, infecção renal e aneurisma da aorta abdominal (dilatação da principal artéria do corpo).
Se tomar remédio para dor nas costas, vou me tornar viciado. MITO: a maioria dos medicamentos de primeira linha para esta finalidade não são viciantes. Quem afirma é Eduardo Iunes, graduado em Medicina pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita filho (Unesp), com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e membro titular da Sociedade Brasileira de Coluna. "Com diagnóstico adequado, plano de tratamento definido e monitoramento médico apropriado, os remédios ajudam. Se o profissional prescreveu o analgésico codeína, por exemplo, é importante que o paciente compreenda que o fármaco integra um plano de tratamento que inclui outras opções para aliviar a dor, como a fisioterapia e a prática de exercícios físicos.
A disfunção acomete mais os idosos.
MITO: cada vez mais indivíduos de todas as faixas etárias aparecem com dor lombar. Em outras palavras, crianças, jovens e adultos podem sofrer com o problema, apresentando causas e intensidades diferentes. Na maioria absoluta desses casos, algum distúrbio postural está presente de forma preponderante. Atinge pessoas de qualquer idade, ainda mais a nova geração que passa muito tempo em frente ao computador, sentada de maneira incorreta.
Dormir em colchão duro evita a dor nas costas.
MITO: Todos concordam que colchão muito macio é fator desencadeante da dor lombar. Porém, não podemos afirmar que um colchão inflexível seja fator decisivo na prevenção do mal. O recomendável é escolher um modelo adequado ao peso e à altura, firme mas não rígido, para acomodar as costas de forma apropriada.
Salto alto é prejudicial à coluna e pode gerar a disfunção. VERDADE: o motivo é que exige maior esforço da coluna: quando é muito alto, leva a mulher a forçar a curvatura das costas para trás de forma a manter o equilíbrio. O uso deste calçado aumenta a solicitação sobre a musculatura lombar, e pode ser fator propulsor para a dor. Paradoxalmente, o sapato sem salto algum também leva ao distúrbio por exigir trabalho extra dos músculos das pernas. Por isso, o ideal é usar o salto baixo, de até no máximo 4 cm.
Dores por mais de três meses já são consideradas crônicas. MITO: Para ser crônica, a dor precisa estar alojada há mais de seis meses, e sem nenhuma melhora com o tratamento. No mundo, a incidência da lombalgia é impressionante: além do fato de que 85% da população têm ou terão ao menos um episódio ao longo da vida, calcula-se que 40% sofrerão com as dores crônicas.
RPG é um dos métodos mais eficientes para resolver o problema. VERDADE: e isso tanto para jovens como para idosos. A abordagem da Reeducação Postural Global propõe uma visão integrada, promovendo a conscientização corporal e resultando em amplitude de movimentos, relaxamento, fortalecimento muscular e consequente alívio da dor. Durante a prática, são empregadas posturas de alongamento muscular ativo e progressivo associadas a respiração e técnicas específicas, restabelecendo a harmonia entre os músculos e interrompendo o ciclo de desenvolvimento de tensões e desconfortos. Assim, corrigindo o mau uso que o aluno faz de seus músculos, ossos e articulações, restitui a boa morfologia e induz a movimentos conscientes.
Quanto mais forte e alongada for a musculatura, menos chance de surgir lombalgia.
VERDADE: ficar muito tempo sentado em posições não ergonômicas, e com postura fixa, gera sobrecarga muscular e dor lombar. O condicionamento da musculatura reduz as ocorrências. Além de diminuir a carga dos músculos, ajuda a não desenvolver dores. Os músculos dissipam grande parte da carga aplicada pelo corpo na região lombar. Estando os mesmos fortes e alongados, o peso sobre a coluna é minimizado e, assim, diminuem as chances de se desenvolver dor.
A Fisioterapia é indicada quando a dor é persistente e muito incômoda.
VERDADE: neste caso, o paciente deve realizar o tratamento fisioterapêutico diariamente até que a situação geral melhore. Nas sessões, o profissional lançará mão de alguns aparelhos para aliviar a dor e diminuir a inflamação, assim como introduzirá alongamentos e exercícios de fortalecimento muscular. O emprego de uma bolsa de água morna, por cerca de 20 minutos, também pode representar grande consolo para os momentos de crise.
Uma das principais causas da lombalgia é o excesso de peso. VERDADE: Como aumenta a pressão na região, o sobrepeso origina, sim, a dor nas costas. Músculos e articulações são sobrecarregados. Engordar pode ser um fator adicional para a ocorrência, porém não conclusivo. Há outros agentes: erros posturais, principalmente, e ainda prática de exercícios abusiva e sem acompanhamento, envelhecimento natural do corpo (já que ossos e músculos perdem densidade, aumentando risco de lesões), falta de condicionamento físico, gravidez, questões emocionais e distúrbios como hérnia de disco, artrose, osteoporose, inflamações pélvicas, leucemia, anemia e males articulares degenerativos.
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=466911653386333&set=a.156411584436343.40069.125861970824638&type=1&theater
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